Não importa a área em que se atua: qualquer que seja o âmbito de um negócio ou de uma empresa, estar aliado ao marketing e às suas ferramentas é essencial para responder o melhor possível às necessidades do público-alvo, especialmente nos dias de hoje que lidamos com consumidores mais informados e exigentes.

Ora, uma adaptação ao digital é fundamental, nascendo daí a necessidade de se conhecer e explorar o conceito de Big Data.

O que significa Big Data?

O conceito de Big Data refere-se a uma grande quantidade de dados, estruturados e não estruturados, que são gerados constantemente.

Entende-se por dados estruturados aqueles que, como o próprio nome indica, estão organizados mediante uma determinada estrutura, que podem ser categorias, por exemplo. Normalmente encontram-se estes dados em bancos de dados, plataformas de Recursos Humanos, documentos relacionados com vendas em que é desenhado um perfil de cliente, entre outros.

Por outro lado, os dados não estruturados referem-se àqueles gerados, por exemplo, nas redes sociais, através de comentários ou publicações. Estes exigem intervenção humana para realizar o seu tratamento e organizá-los para uma análise coerente.

Portanto, de uma forma genérica, quando se fala de Big Data, fala-se de agregação de dados em grandes quantidades.

Qual a importância de Big Data para uma empresa?

Qualquer negócio ou empresa que queira prosperar e satisfazer as necessidades dos seus clientes tem interesse em conhecê-los melhor e aí está o papel crucial de Big Data. A sua importância não se resume apenas à recolha e armazenamento dos dados, mas também à sua análise e às decisões e estratégias que podem ser definidas a partir do conhecimento adquirido através da análise dos dados.

Sendo feita por especialistas e seguindo os devidos procedimentos, uma análise destes dados pode, entre outras:

  • Reduzir custos;
  • Reduzir tempo;
  • Promover o desenvolvimento de novos produtos e otimização de outras ofertas;
  • Encaminhar para a tomada de decisões acertadas de forma eficaz.

Sendo que a utilização de Big Data está confinada à análise de dados reais, este é um processo confiável que não se baseia em suposições, pelo que dá um conhecimento autêntico e em tempo real sobre os comportamentos do consumidor e, assim, uma rápida e poderosa capacidade de reação. Assim, as vantagens são inúmeras, como por exemplo:

  • Identificar a origem de problemas ou falhas quase em tempo real;
  • Gerar descontos ou promoções ou definir outras estratégias de venda com base no comportamento online e nos hábitos de compra dos consumidores;
  • Calcular o risco em tempo real;
  • Detetar comportamentos fraudulentos antes de terem um impacto negativo na empresa.

Ou seja, após a recolha, tratamento e análise dos dados, consegue-se determinar padrões e identificar tendências, o que dá conhecimento à empresa sobre o caminho mais indicado a seguir.

Como utilizar Big Data: um exemplo prático

Tal como referido acima, a agregação e análise de dados pode ser extremamente útil para compreender comportamentos e, posteriormente, tomar decisões estratégicas, independentemente da área de atuação de uma entidade.

Se considerarmos a amplitude, funcionalidades e vantagens do conceito de Big Data, conseguimos compreender a sua importância quando aplicado, por exemplo, aos Serviços de Saúde.

Quando se trata de saúde, tudo deve ser feito de forma rápida e imediata, pelo que o recurso a fichas de utentes ou planos de tratamento é crucial. Se a recolha, tratamento e análise dos dados (Big Data) for bem executado, o serviço de saúde é capaz de descobrir insights que podem estar escondidos e, com isso, melhorar o serviço de atendimento do utente.

Para além disso, pode ser também utilizado no sentido da prevenção: ao analisar dados médicos com outros dados pessoais dos utentes, pode ser possível antever futuros problemas e, assim, incidir sobre tratamentos ou formas de controlo e prevenção.

RGPD e a utilização de Big Data

É importante ressalvar que todas as empresas e negócios que recorrem a Big Data estão, como o próprio nome indica, a lidar com dados pessoais, pelo que há procedimentos e regras meticulosas e bem definidas, impostas pelo Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD), em vigor desde 25 de maio de 2018, que devem ser cumpridas.

Esta regulamentação incide sobre a recolha, tratamento, agregação, análise, privacidade e confidencialidade dos dados, pelo que a consulta deste Regulamento é indispensável a toda e qualquer entidade e negócio que pretenda fazer qualquer tipo de recolha e tratamento de dados e incluir esta prática nas suas estratégias.