Com o desenvolvimento da tecnologia, o acesso a dispositivos móveis tornou-se algo comum e acessível para boa parte da população em todo o mundo.

Este fenómeno desencadeou o aparecimento de inúmeros recursos valiosos como a partilha da localização de pessoas ou também designado por geolocalização. Este recurso passou a ser uma ferramenta útil para o marketing digital porque, permite que sejam analisadas informações específicas tendo em conta a localização geográfica dos consumidores. Por exemplo, está no Porto e quer ir ao cinema, é possível através deste recurso apontar quais os filmes que estão em exibição mais perto de si.

Mas antes de abordarmos as implicações práticas no marketing digital, precisamos de perceber em que consiste a geolocalização!

Geolocalização é a identificação do local físico de um dispositivo. Ou seja, a um dispositivo móvel é atribuído uma pessoa real, a qual receberá comunicações personalizadas tendo em conta a sua localização física. Esta informação é captada (caso o utilizador tenha ativa a opção localização) através de IPs, GPS, bluetooth ou WI-FI.

A geolocalização poderá assim consistir numa estratégia que lhe permite saber onde o consumidor está, adaptando mensagens, conteúdos e até oferecer campanhas exclusivas.

Tipos de Geolocalização

    1. Geotargeting: O nome é bastante indicativo do que falamos: é possível, graças às tecnologias, escolher os alvos da sua campanha por zona geográfica. Para estas campanhas podem ser associados dois tipos de público: os que estiveram num intervalo de tempo específico num dado local ou alguém que está associado regularmente a uma determinada zona.
      Na prática, falamos de algo tão simples como pedir ao Facebook que apresente um anúncio apenas a quem tenha um IP localizado em determinado país, ou de algo tão complexo como programar a publicidade no computador de bordo de um táxi para se adaptar à localização em que ele se encontra a cada momento.
    2. Geofencing: O geofencing é um tipo específico de geolocalização que envolve a movimentação do utilizador. Visualize um perímetro virtual imaginário, quando uma dada pessoa passa este perímetro pré-definido recebe uma mensagem que agrega valor quer para a própria pessoa, quer para a marca que a envia. Ao contrário do geotargeting este tipo de geolocalização é mais adequado para campanhas em que o público-alvo geralmente está em movimento.
    3. Beaconing: Os beacons são dispositivos via bluetooth que permitem conectar-se com pessoas que visitem a sua loja ou evento. De forma simples, os beacons conectam e transmitem informação a dispositivos inteligentes, fazendo com que a pesquisa seja mais fácil e precisa.
      Efetivamente, o bluetooth é útil quando é necessário alcançar utilizadores em zonas de fraca rede, todavia é necessário que o utilizador tenha o bluetooth ligado. Outra vantagem deste tipo de geolocalização é que o bluetooth é atualmente eficiente energeticamente, pelo que questões de bateria já não são um problema.

Exemplos práticos de aplicação

Há várias formas de aproveitar a informação que a localização geográfica de um consumidor lhe dá. Neste artigo trouxemos-lhe três:

1. Adaptar os conteúdos à localização geográfica
Adaptar os conteúdos à localização específica dos consumidores permite-lhe afinar as mensagens que passa, melhorando a eficiência e as taxas de conversão. Sabemos que não é a mesma coisa oferecer um desconto em roupa de praia a um consumidor que está no litoral ou a um consumidor que está nas montanhas.

Se adaptar estes conteúdos consegue ser mais oportuno, mais relevante e, claro mais interessante.

2. Adaptar a informação recolhida
Aproveitando a mesma forma de mensagem e até o mesmo call to action, consegue direcionar consumidores para landing pages diferentes dependendo da localização geográfica que os dispositivos indicam. Pode, por exemplo, apresentar uma landing page mais informal a utilizadores que estão no recinto de um festival e uma landing page mais formal aos utilizadores que conectam à internet numa zona industrial ou num parque de negócios.

A segmentação passa assim a funcionar não só no sentido de categorizar públicos, mas também no sentido de acompanhar a flexibilidade e adaptabilidade do seu próprio produto.

3. Conjugar o online com o offline
Deixamos para o fim a melhor: aproveitar a geolocalização dos utilizadores para combinar estratégias online e offline. Imagine que tem lojas físicas e um consumidor está ligado à internet perto de uma dessas lojas; pode oferecer-lhe, em tempo real e de forma exclusiva, uma campanha única e de tempo limitado para compras feitas na loja. É uma espécie de convite para entrar, mas feito por via digital e de forma oportuna.

Além de proveitosa do ponto de vista da melhoria da taxa de conversão, este tipo de estratégia também tem um impacto positivo na experiência do cliente, que se torna única e coerente tanto no meio digital como no meio real.

Fontes:
https://www.wordstream.com/blog/ws/2018/10/04/beacon-technology
https://www.leanplum.com/blog/geolocation/